domingo, 29 de novembro de 2015

O vaso humano





[Olhava pela janela quando de repente o ônibus freou bruscamente. Um motoqueiro vinha muito rápido tentando ultrapassar o ônibus pelo lado de dentro da curva. Felizmente o motorista atento evitou o acidente, e o motoqueiro desapareceu arrancando na nossa frente.

Logo surgiu um comentário sobre o assunto. E inclusive coloquei uma frase no bolo: "e ele é quem iria se prejudicar mais caso tivesse batido". Aí as formulações seguiram, e veio a ideia: O que estou fazendo? Eu já conheço isso. Esse diálogo segue por um rumo totalmente negativo. Acaso essa conversa tem algo produtivo? Já aconteceu, e graças a Deus deu tudo certo.

Um lado meu queria continuar naquela conversa, mas o outro via tudo de maneira abrangente, ou seja, enxergava as possibilidades do diálogo. Mas entenda ter consciência racional não diminuiu o desejo da minha mente devagar, mas sim a consciência da negatividade que essa conversa causa. Em muitas situações da minha vida, mergulhei dentro dessas conversas negativas, mas sempre me deixavam um mal-estar emocional, ou seja, nunca me fez bem, e a diferença agora era estava mais atento a mim mesmo. E assim simplesmente poderia escolher conscientemente, enquanto antes era arrastado como um ímã...

O poder de escolha é muito especial e sagrado, contudo isso tem sido muito violado pela ilusão intensa que arrasta multidões, condicionando mentes. Quando removemos todas "as trapaças", principalmente as da mente, o mundo ganha um brilho especial. O mundo vira uma pintura diante de nossos olhos, tudo passa a ter um colorido especial, a positividade e confiança ganham força, todas as resistências são removidas, o impossível se torna atraente, as pessoas ao redor se tornam mais belas, e o coração brilha.



Nesse novo prisma os erros e acertos resultam no aprendizado intenso e emocionante. É como um aprendiz ceramista, que passou a vida construindo imperfeitamente seu vaso de barro, mas que acordou e pediu ao Mestre para guiar suas mãos. Então guiado pelo Mestre, ele passa a reconstruir seu vaso a medida que aceita que o mestre lhe mostra. Quando começa a permitir ser ajudado, percebe que tem que abandonar velhas técnicas, velhos conceitos, aceitar novas possibilidades, remover a negatividade, e tudo aquilo que não serve mais é deixado.

É preciso que perceber a diferença entre nós, o nosso "Eu", e a "Personalidade". O "Eu" é divino, é Luz, a "Personalidade" é humana, é Carne. Essa "Personalidade" é necessária pois é com ela que nos manifestamos nesse mundo. Fomos nós que a moldamos durante a vida, e a maioria de nós fizemos isso dentro da ilusão de que estamos separados do Criador. No processo de despertar, estendemos a mão para Deus que habita o nosso coração, e assim guiados passamos a reconstruir essa "Personalidade", e tudo que não é mais necessário é removido, como o medo, culpa e a dor. Tudo isso são apenas obstáculos que impedem o progresso.

No início do acordar, nós mesmos criamos as maiores dificuldades. Passamos a vida construindo o vaso, e achando que ele é muito bom, e que somos os especialistas. Mas quando reconhecemos que há uma sabedoria superior, e assim passamos a aceitar as novas instruções do Mestre, então passamos a enxergar que podemos aprender com os erros, e que não há mal nenhum nisso.

Na ilusão o "erro" é colocado como mal, e associado ao "medo" e a "culpa". Essas combinações retardam o aprendizado de forma acentuada. É uma programação mental que cria um "loop". O medo de errar e ser fraco, medo de errar e ser demitido, a culpa por errar, etc e etc. As escolhas são parte da caminhada, e não há nada de mal nisso.




A "Mente" é como um cavalo alado. Mas no início esse cavalo é selvagem, e o "Eu" é aquele que monta nele tentando domá-lo. Mas sem conseguir controlá-lo o "Eu" apenas segue galope desenfreado, perdendo consciência e identidade, pois é apenas levado pelos caminhos. Quando o "Eu" reconhece sua grandeza, começa então a tomar as rédeas, é então onde se intensifica a ação da "grande trapaça". Quando o cavalo está sendo domando algumas pedras são arremessadas, e novamente a "Mente" fica arredia, e o "Eu" novamente tem dificuldades. As pedras são os estímulos, que atenuam o velho condicionamento emocional e mental, onde parte de sua origem nós conhecemos, outra "não".

Ao reconhecer o seu poder de paz, o "Eu" passa a utilizar disso para domar a "Mente". É como um lago sereno que já não se abala tanto com as pedras que caem, e logo volta ao equilíbrio.

Todos nós somos capazes de tomar posse desses recursos. Reconhecer que tudo pertence ao "Eu". Todas são nossas ferramentas, a Personalidade, a Emotividade, e a Mente. Permitir ser guiado pelo Pai, conectado pelo amor divino. Quebrar dia a dia as trapaças que são repostas e impostas pelos que não largam os poderes, mas que estão quase no fim, graças a Deus...

Já é tempo. Peço ao Pai que os dois caminhos apareçam de forma clara para cada pessoa desse planeta, sem trapaças, para que possamos ver nitidamente os caminhos a escolher, mas sempre guiados pelo Criador, sem a ilusão da separação, e é assim que vamos passar a evoluir sem limites.

Você é divino, é Luz, é Raio, é Estrela, é Lua, é Sol, então brilhe ... (risos) s2

Grande abraço.
ascendente999@gmail.com]


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